segunda-feira, 27 de julho de 2009

Segunda feira sem carne vermelha



A Campanha Segunda-feira sem carne ficou conhecida no mundo por ser uma das bandeiras levantadas pelo ex-Beatle Paul McCartney. Conhecido por defender o vegetarianismo como uma das formas de amenizarmos as consequencias do aquecimento global, McCartney diz que é adotando medidas como essa que poderemos deixar uma situação menos complicada para nossos descendentes.A produção de carne vermelha, como já se sabe, é uma das principais formas de desmatamento na Amazônia e liberação do gás mais prejudicial ao meio ambiente: o metano.Assumindo uma conduta preocupada com o meio ambiente e com a saúde dos trabalhadores que frequentam a Casa do Trabalhador, em Curutiba/PR, o CEPAT, parceiro estratégico do IHU, adotou também essa medida e passa a não servir mais a carne vermelha nas refeições preparadas nas segundas-feiras. "Para nós, significa uma oportunidade de sair de uma situação de impotência diante dos graves problemas ambientais, para uma ação mais propositiva, que possa resultar entre outras coisas, numa diminuição da emissão mundial de gases, cuja fonte principal, segundo a ONU é a criação de animais de corte", contou-nos Darli Sampaio, que foi uma das idealizadoras dessa campanha no Cepat.Para a mestre em Economia Solidária, a campanha Segunda-feira sem carne "significa a oportunidade de fazer a discussão sobre uma temática ampla e fundamental, que pode ser abordada nos aspectos dos impactos ambientais, de posicionamentos políticos e éticos ao mesmo tempo. Podemos abordar questões referentes ao direito dos animais e de seu respectivo tratamento ético". Trata-se, portanto, de uma campanha ativista, comunitário e político, como bem o definiu, McCartney.Segundo Darli, os trabalhadores receberam a campanha de forma bastante positiva. "Nossa impressão é que as pessoas tem entendido que ninguém será obrigado a se tornar vegetariano. Mas que a opção de retirar de sua alimentação a carne por um dia, certamente vai ajudar a controlar os impactos ambientais que a produção de carne causa no planeta. Vai não só viver melhor, mas também contribuir para que as gerações futuras posam ter uma maior e melhor oportunidade de vida", revelou. Quem sabe seja assim, passando apenas um dia sem consumir carne e divulgando tal ação a campanha ganhe ainda mais fôlego? "Isso, certamente vai depender de cada um, de cada uma, enfim, de nós. O Cepat e o IHU, apostamos num maior entendimento, numa maior compreensão de que não comer carne durante um dia, é mais do que um ativismo comunitário, é o resgate da nossa humanidade, de nossa perdida saniedade", finalizou ela.
Para ler mais:
Ecologia e pecuária. Tendência mundial de consumo crescente de carne é insustentável
Vegetarianismo: por que não comer carne?
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Paul McCartney faz campanha por 'segunda-feira sem carne'
O consumo de carne e a degradação da Floresta Amazônica. Entrevista especial com Elke Stehfest
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Direito dos animais. A Lei Arouca em discussão. Entrevista especial com Róber Bachinski e Martin Sander
Expointer: um símbolo da matança industrial de animais. Entrevista especial com Rafael Jacobsen
Penalizar ou consumir? Alternativas para a crise dos alimentos do mundo. Entrevista especial com Antonio Meirelles
A importância de tornar-se vegetariano
Consumo de carne e aquecimento global
Animais: a morte organizada
Direitos dos animais. Entrevista com Tom Regan
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Vegetarianismo como alternativa
Teoria e ética do alimento. Um novo livro de Peter Singer

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