sábado, 25 de julho de 2009

A Vingança dos Porcos

Porcos são amigos e não comida!

Por Alexandre Pimentel*

Dentro das reflexões ecológicas temos uma frase que diz mais ou menos o seguinte: “Deus perdoa sempre, o homem perdoa de vez em quando, mas a natureza nunca perdoa. Também dizemos que a natureza não reage mas se vinga!

Talvez poucas pessoas vislumbrem a atual “gripe suína” como uma problemática de fundamentação ambiental, ou seja, são estimuladas pelos formadores de opinião da sociedade urbano-industrial, a não vincularem uma coisa com outra e enxergarem a fenomenologia social da doença como fruto do azar ou mera obra do acaso.

A sociedade de consumo, incluindo aqui a modalidade marxista, tem como uma das mais atraentes fontes de lucro da venda de remédios pelos grandes laboratórios. Além disso, não associando, por exemplo, ecologia com hábitos alimentares, ela cria um verdadeiro arsenal de anomalias que vão dos alimentos artificiais, criados com agrotóxicos, repletos de conservantes, corantes e acidulantes, até os ácidos graxos trans, o glutamato monossódico, o aspartame e os transgênicos.

E como se não bastasse, o modelo de sociedade ignorante que vivemos, utiliza o reino animal como campo de prova para todas as armadilhas destinadas à natureza.

Tanto os laboratórios de pesquisas, com suas sofisticadas técnicas de vivissecção, quanto os matadouros que jogam aves, suínos, bovinos na água fervente antes de terem morrido, são grupos de extermínio legalizados que vendem (quando, me perdoem, não enfiam a goela abaixo) o sofrimento disfarçado de comida ou remédio.

Nesse contexto, a famigerada gripe suína desponta como a doença pandêmica da moda. Segundo a Organização Mundial da Saúde, em pouco tempo, ela deve atingir todos os países do mundo. Para os cientistas, atualmente, a principal suspeita é a de que o vírus tenha surgido a partir da combinação, em porcos, de vírus de gripe humana, suína e aviária. Do porco, esse novo vírus teria chegado aos humanos, que passaram a transmiti-lo entre si.

Ora, sabemos que a maioria dos animais de corte, além da tortura, da falta de luminosidade, dos pequenos espaços para grandes populações, da exploração física e psicológica, é sistematicamente submetida a vacinas de rotina, assim como recebe remédios contra bactérias, vírus e fungos que, com o passar do tempo, vão se tornando resistentes aos fármacos. Tornando-se resistentes, esses agentes patogênicos conseguem atingir animais diferentes daqueles que estão adaptados. Atingindo outros animais, como por exemplo, a espécie humana, consumidora de alimentos e remédios que minam a imunidade, esses “bichinhos” do universo invisível fazem a festa. Eles causam doenças que nenhuma droga alopática do momento consegue eliminar. Os cientistas acreditam que levarão dois anos para conseguirem uma vacina contra a influenza H1N1 mas não acreditam que possam erradicá-lo como aconteceu, por exemplo, com a varíola no Brasil. . Esses supervírus matam de verdade como se desejassem refrescar a memória de homens e mulheres quanto às atrocidades impostas aos animais não humanos, principalmente aos suínos que estão no rol dos mais maltratados no Brasil e no mundo.

Na ficção “A Revolução dos Bichos” do escritor inglês George Orwel, temos uma interessante história onde o protagonista é um porco chamado Major. Em um galinheiro ele reúne diversos animais para contar sobre um sonho e, de forma realmente revolucionária, inicia seu discurso com as seguintes palavras:

Então, camaradas, qual é a natureza da nossa vida? Enfrentemos a realidade: nossa vida é miserável, trabalhosa e curta. Nascemos, recebemos o mínimo de alimento necessário para continuar respirando e os que podem trabalhar são forçados a fazê-lo até a última parcela de suas forças; no instante em que nossa utilidade acaba, trucidam-nos com hedionda crueldade. Nenhum animal, na Inglaterra, sabe o que é felicidade ou lazer, após completar um ano de vida. Nenhum animal, na Inglaterra, é livre. A vida de um animal é feita de miséria e escravidão: essa é a verdade nua e crua.

Será isso, apenas, a ordem natural das coisas?

Será esta nossa terra tão pobre que não ofereça condições de vida decente aos seus habitantes? Não, camaradas, mil vezes não! O solo da Inglaterra é fértil, o clima é bom, ela pode oferecer alimentos em abundância a um número de animais muitíssimo maior do que o existente. Só esta nossa fazenda comportaria uma dúzia de cavalos, umas vinte vacas centenas de ovelhas - vivendo todos num com uma dignidade que, agora, estão além de nossa imaginação. Por que, então, permanecemos nesta miséria? Porque quase todo o produto do nosso esforço nos é roubado pelos seres humanos.

Eis aí, camaradas, a resposta a todos os nossos problemas. Resume-se em uma só palavra - Homem. O homem é o nosso verdadeiro e único inimigo. Retire-se da cena o Homem, e a causa principal da fome e da sobrecarga de trabalho desaparecerá para sempre
. (o grifo é nosso)

Interessante notar que diariamente utilizamos a expressão praga, referindo-nos a epidemias como a gripe suína, a SIDA e tantas outras, mas pouco pensamos “o que é” ou “quem é” a verdadeira praga. Na verdade, são as ações humanas interesseiras, com conhecimentos duvidosos e absolutamente isentas de humanitarismo, as causas de nossa própria dor.
A lei newtoniana de causa e efeito acontece a cada minuto debaixo de nossos olhos, mas a hipnose midiática, bem como a influência de corruptos, adeptos da filosofia bélica de combate ao inimigo microscópico, da idéia do “só um pouquinho não faz mal”, incentiva a população a pensar que doenças, por serem apenas contingências da vida, independem de seus hábitos, costumes e sistemas de crenças.

É dessa forma que despejamos ketchup, mostarda e maionese artificiais sobre uma pizza de calabresa (por coincidência obtida exclusivamente da carne suína!) com queijo gordo, molho de tomate com realçador de sabor, massa preparada com farinha branca refinada, desfibrada e preparada com ovos de galinhas sofredoras, cheias de tiques e doenças dos grandes aviários.
E, para variar, levamos ao forno microondas a saborosa pizza, que, resguardada por substâncias de conservação, aguarda uma semana por nossa compra em um refrigerador de supermercado. O microondas, por sua vez, destrói parte do complexo molecular do suposto alimento, ludibriando o organismo e afetando o sistema imunológico de forma patética.
Pense nesta refeição acompanhada de uma geladíssima coca cola, de fórmula desconhecida, de sabor viciante, que agradará as crianças que jamais recuperarão desejo por frutas e verduras!

Certamente, ao ler meu artigo, um crítico de plantão, dependente da tresloucada sociedade de consumo, questionaria se insinuo que pizza, refrigerante, carne de porco, gorduras, poluição, maus pensamentos e emoções seriam a causa da gripe suína! Normalmente esse tipo de crítico recorre a perguntas simplistas para eximir-se da própria responsabilidade como co-criador ou apoiador da indústria da morte.

Na verdade, o efeito de hábitos sociais deletérios, da má alimentação baseada em animal e artificial, má respiração, maus pensamentos, aos agrotóxicos, transgênicos e microondas, é a formação de um ser humano dependente de remédios, laboratórios e hospitais, seja por qualquer doença infecto contagiosa ou degenerativa.

A população rica consegue pagar profissionais que os emendam, restauram e limpam, fazendo com que vivam mais. As comunidades pobres morrem em filas do serviço público na ilusão de serem curadas.
Entretanto, meus queridos leitores, não se iludam, pois se as estatísticas ajudassem, saberíamos que o MEDO é o pior dos assassinos. Creiam que, independente de estatísticas compradas, a maior parte dos óbitos não se deve unicamente às doenças, mas ao medo de morrer promovido por nossos dominadores.

É exatamente por isso que pensamentos construtivos, emoções superiores como amor, amizade e esperança, associados com boa alimentação, boa música, bom sono e boa informação, constituem a melhor das panacéias.

Quem pratica otimismo produz hormônios altamente poderosos contra qualquer mal, por isso, contra gripe suína, prisão de ventre, estresse, depressão, sistema nervoso ou simplesmente falta de grana, fica a sugestão da didática das cinco letras “A” da vida saudável:

Primeiro A: Alimentação correta, com orgânicos, integrais e ênfase nos vegetais crus.
Segundo A: Atividade física prazerosa como caminhada, jardinagem e hata yoga.
Terceiro A: Alegria de viver, com solidariedade, oração, meditação e otimismo.
Quarto e Quinto A: Amor aos Animais.Os vegetarianos têm a consciência mais limpa!

Se você desconfiar que esteja com gripe, lembre-se que a grande probabilidade é de que seja a gripe do vírus influenza comum e tropical que conhecemos. Caso, porém, ao procurar ajuda médica profissional, seja alopática, natural ou homeopática, se descobrir que está com a gripe suína, faça os tratamentos indicados consciente que a maior garantia do universo é sua própria mente e sua própria fé. O remédio vai ajudar apenas se você realmente quiser viver e tiver controle sobre si próprio, produzindo hormônios estimulantes da autocura.

Lembre, também que, como falei anteriormente, a boa informação é e sempre será o melhor remédio! Não acredite em nada cuja análise não envolva o ser humano integral, com suas relações físicas, ecológicas, emocionais, mentais, sociais e, acima de tudo, espirituais.

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Alexandre Pimentel é escritor, palestrante e consultor de vida saudável.


Fontes consultadas:


Orwel, George - A Revolução dos Bichos

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